Blogamus
quinta-feira, novembro 30, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
Eu sou tão, mas tão.... (parte II)

ESTÚPIDO talvez seja elogio desta vez...
2ª à noite, por volta das 19h, vou por o lixo à rua, antes que a Zé começe a atrofiar por ver lá o saco.
O que se segue é um relato fiel dos meus passos:
- Agarro no saco do lixo que está na cozinha e dirigo-me para a porta do apartamento.
- Destranco a porta que estava trancada com uma volta e saio.
- Desço pelo elevador, saio para a rua, atravesso e meto o saco no contentor.
Já perceberam?
Exacto, esqueci-me das chaves dentro de casa metidas na porta. "Ok. Ligo ao meu irmão e ele traz-me as suplentes." - Era bom que a solução fosse tão facíl. O mal da minha porta é que quando tem uma chave na fechadura é como se estivesse trancada, porque não abre. A não ser que a chave esteja na nossa posição favorita: na horizontal.
Não veio o meu irmão, mas veio o rapaz que trabalha comigo trazer-me a chave suplente e bazou.
É claro que a porta não abriu.
Toca a ligar para os bombeiros, explicar a situação e responder as perguntas de quem atende, que está a gozar o prato ao passar-nos um atestado de estúpidez.
Passado 10m da chamada lá apareceram os bombeiros, mto rapidos até. Expliquei mais uma vez a situação e o porque da chave suplente não abrir a porta. Tudo muito bem, tinhamos era de esperar pela polícia para eles poderem entrar. Chega a polícia, passado pouco tempo também, mais uma vez explíco tudo e o mesmo blá blá blá dos bombeiros.
Polícia : - A casa é sua?
Eu : - É. Comprei-a à um ano.
P : - E têm a sua documentação consigo?
E : -Tenho. Tenho o BI.
P : - Então vamos lá entrar e tratar disso.
Para melhorar as coisas a chave suplente da rua não queria abrir a porta. Depois de muitos tiques lá foi. 4º andar e tal:
P : - Chegue aqui s.f.f com a sua documentação - chama-me um policia que se encontrava nas escadas. E eu lá fui.
O polícia fecha a porta atrás de mim, e começo logo a ouvir os bombeiros e o outro polícia a fazerem qualquer coisa a porta.
P : - O seu BI diz que é residente na Penha de França.
E : - Era. Vivia com a minha mãe e ainda não o actualizei.
P : - Tem o cartão de ressenciamento consigo?
E : - Não estou ressenciado.
P : - Tem algum documento que prove que a casa é sua?
(Hum... já estão a ver o filme seguinte)
E : - Aqui comigo não.
P : - Então quando entrarmos vou precisar de ver uma conta sua. Pode ser uma qualquer.
E : -Hum... pois... Acho que isso não vai ser possivel. Não tenho os contratos em meu nome, ainda estão em nome do meu irmão a quem comprei a casa.
P : - Mau!!! (Dizem sempre isto e nunca é bom sinal) Mas afinal quem é que mora aqui?
E : - Sou eu, só não tenho é nada em meu nome a não ser a casa.
P : -Tem ao menos a escritura lá dentro? Correio em seu nome? Alguma coisa?
E : - Só fotos e a gata. O resto está tudo no meu escritório.
Depois de um Cranckkkkk bem sonoro.
P : - Vamos lá ver isso então. À minha frente s.f.f. - e acreditem que já não estava a ser tão amigavél.
Depois de andar a demonstrar o problema da chave, os bombeiros lá se foram embora. A Polícia não.
P : - É assim: ou prova que a casa é sua, ou vai ter de vir connosco para a esquadra até apresentar prova.
E : - Mas eu já lhe disse que não tenho cá nada. Só fotos e a gata.
P : - Pois mas isso não serve. Vai ter de vir connosco até apresentar prova.
Já estava eu a preparar-me para ir parar à esquadra da Zona J, pelo que me dizem é muito simpática, quando se ouve uma vozinha:
V : - Olá Paulo, está tudo bem? - era a minha vizinha do lado. Juro que dentro da minha cabeça soou um canto coral "AAAALEEEELLLUUIAAA, ALLLLEEELLLLUIAAA".
P : - Boa noite, a senhora pode confirmar que este jovem mora aqui?
V : - Sim. Mora aqui há um ano. Comprou a casa ao irmão. - mais uma vez, "AAAALEEEELLLUUIAAA, ALLLLEEELLLLUIAAA".
E : - Pronto, confirma-se então?
P : - Sim. Desculpe lá mas são os procedimentos.
TOOL
Ora bem, sinceramente não sei dizer se este foi ou não um bom concerto. Teve muitos altos e baixos, momentos de espetáculo e momentos, à falta de melhor palavra, de merda.
Chegámos ao Pavilhão Atlântico já passava da hora que a organização tinha dado para a abertura do concerto e mais de metade das pessoas ainda se encontravam cá fora. Pensei -" Olha! Mais pessoal que só aparece á ultima da hora" - mas estava enganado. Grande parte das pessoas estava lá desde ás 19:30. O problemas foi que os "génios" só abriram as portas as 20:00. Se tivermos em conta que para entramos temos de passar, pelo menos, por 2 controlos bastante demorados, as pessoas que depois só entram quando lá estão todos e o estúpido control dos isqueiros e meter cerca de 5 mil pessoas( Talvez menos, nunca consegui contar muito bem multidões), já podem imaginar a confusão.

Depois de encontrar o pessoal amigo, beber uma Sagres, e fumar umas 3 as coisas começaram-se a compor e um grupo, inicialmente, de 3 lá passou a 8. Entre conversas, memórias e risos lá chegamos á frente, infelizmente não a tempo de vermos a 1ª banda. Toca a esconder os isqueiros, a ganza e mais alguma coisa e lá vamos nós para o control. É claro que só eu é que fui agrafado com o isqueiro, óbvio...
Começa o concerto e tudo muito bem, até que o Maynard manda um mais elevado e... lá veio a desilusão. A equalização da voz dele estava toda, toda, toda, fodida. Cada vez que puxava mais o som picava de uma maneira que metia dó. A parte boa é que a banda toca ainda melhor ao vivo que em estudio. Grande som, grandes efeitos visuais, óptimo espetáculo de palco, laser's, tudo. muito bom.
Ao fim de 1h e 30m os cabrões anunciam o fim de um concerto para o qual eu paguei 30€. Depois do habitual tempo de espera lá voltam eles para anunciar que só vão tocar mais 3 musicas. O mais triste disto tudo é que nem tocaram as que eu queria ouvir...